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Mapas e Mapeamentos / Lize Mogel, artista e ativista norte-americana, é uma espécie de contra-cartógrafa, que trabalha com a desestabilização da suposta verdade contida nos mapas e sistemas tradicionais de mapeamento e representação cartográfica. Um dos seus trabalhos recentes é a organização do excelente "Atlas of radical cartography" (http://www.an-atlas.com/), que reúne 10 mapas e ensaios que mexem com a nossa compreensão das redes sociais e de poder vigentes.

Lize estará sexta próxima, dia 7, no simpósio "Novas Cartografias", realizado pelo CampoAUD no Studio X/Centro Carioca de Design na Praça Tiradentes. Também na sexta tem Fabio Lopez, designer e professor da PUC-Rio, autor do "War in Rio", versão sarcástica do conhecido jogo "War", dedicada ao Rio (http://www.jogowarinrio.blogspot.com.br/). E Natália Santos e Patrícia Azevedo, representantes do Wikimapa (http://wikimapa.org.br/), projeto de mapeamento de áreas marginalizadas e em geral invisíveis nos mapas oficiais da cidade, com base no uso de tecnologia móvel por jovens de baixa renda.

O simpósio - que vai de quarta a sexta, sempre de 16 às 21 hs  - é uma extensão da exposição homônima,  que pode ser visitada desde a semana passada no mesmo espaço e inclui o mapa digital do Rio construído por Gabriel Duarte e equipe, que estará na Bienal de Arquitetura de São Paulo. Tudo aqui: www.novascartografias.org





 
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Timeline RioNOW / As discussões e atividades ligadas à Bienal de Arquitetura de São Paulo levaram à  organização de um grupo sediado no Curso de Arquitetura da PUC, que vem trabalhando no projeto de duas exposições sobre o Rio: "O Rio do Futuro de Sergio Bernardes" (focada numa visão abrangente do arquiteto para a cidade, típica das tecno-utopias dos anos 60) e "RioNOW" (sobre o Rio hoje).
 
A exposição RioNOW tem como fio condutor uma linha do tempo que registra os principais acontecimentos relacionados ao processo de transformação urbana em curso no Rio desde outubro de 2009, quando a cidade foi escolhida sede das Olimpíadas de 2016.
 
Na Bienal será exposta a primeira etapa da pesquisa, por ora estruturada em 3 eixos principais: Transformações urbanas no Rio, Exposições e eventos artísticos no Rio e Brasil. O trabalho está sendo registrado numa plataforma colaborativa, aberta a contribuições de todos, que deverá se estender até a inauguração dos jogos e nos ajudar a acompanhar e analisar o acelerado processo de transformações que vivemos hoje. Aqui: www.timelinerionow.blogspot.com.br 
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Casas marcadas / "Minha casa, minha vida é onde eu moro", diz Márcia, da janela da sua casa no Morro da Providência, a mais antiga favela do Rio, localizada atrás da Central do Brasil. A casa de Márcia é uma das "casas marcadas" para demolição devido às obras do Porto Maravilha, num processo em curso que permite paralelos com a truculência de reformas urbanas que o Rio viveu no passado, como a abertura da av Pres Vargas sob o regime ditatorial do Estado Novo, nos anos 40. É o que mostra o documentário abaixo.
 


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Anhangabaú / Que coisa mais bonita aqueles balanços gigantes pendurados no Viaduto do Chá, domingo passado. Quase nos esquecemos ali, no vai-e-vem gostoso da infância, o vento batendo no rosto, alguma música sob o céu cinza de São Paulo. Que delícia, a cidade.
 
 
(mais aqui, no facebook da Bienal: www.facebook.com/xbienaldearquitetura)
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Vila Olímpica / Pra quem, como eu, ainda se pergunta como será a Vila Olímpica, está aí o video da "Ilha Pura" , que terá 31 edifícios de 17 andares, já em construção pela Carvalho Hosken e Odebrecht na Barra da Tijuca, e será "um dos melhores lugares para se viver no Rio de Janeiro".



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China / Nesta quarta, dia 15, às 19 hs, o arquiteto, crítico e curador de arquitetura chinês Jiang Jun fará uma palestra sobre a China no auditório do RDC da PUC.
Jun é Editor da Revista Urban China, fundador do Underline Office e curador do Pavilhão Chinês da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2014 (cujo curador geral é o arq. Rem Koolhaas).
 
A palestra tratará do processo de urbanização recente na China, e terá tradução simultânea.
Fica portanto adiada para outra data (a ser anunciada oportunamente) a mesa-redonda sobre Velódromos, do ciclo "Grandes eventos e transformações urbanas no Rio de Janeiro".
Jiang Jun - Palestra
A China como civilização - relações entre a geografia histórica e as transformações recentes na China
 
Jiang Jun nasceu em Hubei, em 1974, recebeu o grau de bacharel na Universidade de Tongji em Xangai e tem mestrado na Universidade de Tsinghua, em Pequim. É professor na Guangzhou Academia de Belas Artes e professor visitante da ESRC Centre of Oxford University. Designer e crítico, vem trabalhando na pesquisa urbana e estudo experimental, explorando a relação entre fenômeno de design e dinâmica urbana. Suas principais obras envolvem urbanismo, arquitetura, design e arte, incluindo Casa Non-up-and-down, do Projeto Bar-Net, H2O, Shopping Utopia;  escritos e críticas, incluindo: Something from Nothing, CE, Metamorphosis, desmaterializada, Quase , Cidade Tense, produtos sociais, Dirtitecture, etc. Também é responsável pelo pavilhão da China na próxima Bienal de Veneza, dirigida por Rem Koolhaas.





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Velódromo / O segundo debate do ciclo "Grandes eventos e transformações urbanas no Rio de Janeiro" será realizado na próxima quarta, dia 15, às 19 hs, no auditório do RDC da PUC-Rio, com o arquiteto João Pedro Backseuer (BLAC) e o engenheiro inglês Ed McCann (Expedition Engineering), que apresentarão respectivamente os projetos dos velódromos dos jogos olímpicos do Rio e de Londres.

Backheuser está envolvido em vários projetos para o Rio, como o Porto Olímpico (vencedor do concurso público realizado pelo IAB) e o Pier em E (apresentado como alternativa ao Pier em Y proposto pela Companhia Docas na área portuária). Já McCann esteve à frente de projetos complexos e multi-disciplinares como a "Infinity Bridge" (Stockton-on-Tees), o Terminal 5 do aeroporto de Heathrow, e o projeto de desenvolvimento de recursos hídricos para a Olimpíada de Londres de 2012.

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Chamada aberta Bienal / Para quem se interessa em expor/ativar trabalhos, propor ações, realizar intervenções na X Bienal de  Arquitetura de São Paulo, as instruções estão aqui (em português e inglês): http://www.iabsp.org.br/
Não há limitações disciplinares ou programáticas para as propostas a serem apresentadas, que serão selecionadas pela equipe curatorial a partir da sua relação com o tema da Bienal: "Cidade: modos de fazer, modos de usar".

Posto 5 /mai 13


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Esquenta Bienal / Começamos o dia em Santa Teresa, diante do mapa do Rio (em construção por Gabriel Duarte e equipe). Dali descemos até o Cosmopolita, para um glorioso filé, e seguimos a pé até o MAR, passando pela Cinelândia, Treze de Maio (de tão limpo, quase perdi o vazio deixado pelos edifícios que desabaram atrás do Teatro Municipal), Largo da Carioca, av Rio Branco, Terminal Menezes Cortes, Praça XV, Arco do Teles, Ouvidor (livraria Folha Seca), Casa França Brasil (exposição Laercio Redondo), Pier Mauá, Praça Mauá, Perimetral, Cais do Valongo, Jardins do Valongo, e de volta à Lapa, para um chopp no Bar Brasil e outro mais adiante, no Capela. Mas este foi só o primeiro dia. No outro, subimos o Alemão de teleférico, passamos por Manguinhos, traçamos um bacalhau na Cadeg, tomamos um banho de sol no Piscinão de Ramos e fomos até a Maré (exposicão Travessias, no belo galpão transformado por Pedro Évora). Encerramos o sábado no Baille de Charme de Madureira. No dia seguinte o sol continuava brilhando mas eu dormi até tarde, claro, e perdi o mergulho no Leblon, antes do avião de volta pra São Paulo que os livrou do temporal que paralisou o Rio esta manhã.