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Arteforum / Chegando da Mooca, vou rever com outros olhos o filme "Spiral Jetty" (1970, cor, 32 min), de Robert Smithson, que passa domingo no Palácio Universitário da Praia Vermelha (UFRJ), seguido de palestra de Nelson Brissac Peixoto. Brissac é autor de livro recém-lançado sobre o artista norte-americano e curador do projeto ArteCidade, que já teve quatro edições em São Paulo e entre agosto e setembro deste ano se desdobra num "canteiro de operações" na Mooca, que está sendo concebido em parceria com José Resende (e acompanhado por um grupo de professores e alunos dos Cursos de Arquitetura e Cinema da PUC-Rio). Domingo, dia 5, às 17:30, no Teatro de Arena Carvalho Netto, dentro do Arteforum. E a programação completa do evento (organizado por Beatriz Resende e Denilson Lopes) está aqui: http://www.forum.ufrj.br/index/040511.pdf).
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Lucio Costa /
Sexta, dia 3, tem lançamento do livro "Lucio Costa - Arquiteto", que reúne os trabalhos apresentados no seminário homônimo realizado em Brasília no ano passado, sob a coordenação de Fares El-Dahdah. Há textos de Carlos Eduardo Comas, Guilherme Wisnik, Eduardo Rosetti, Andrey Schlee, Lauro Cavalcanti e outros.


Meu texto trata da relação entre Lucio Costa e Max Bill. E tenho orgulho de dizer que o evento marca também os 11 anos da Casa de Lucio Costa, completados no último dia 13. No Espaço Tom Jobim, que fica dentro do Jardim Botânico, às 19 horas.
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Porto Maravilha / Não pude ir ao seminário sobre o Porto Maravilha no IHGB, e lamentei-me por isso a semana toda. Mas agora encontrei no site da advogada e vereadora Sonia Rabello um bom resumo das discussões: http://www.soniarabello.com.br/index.php?param=1&origem=empauta_materias.php&msg1=288

Pelo que se vê, surgiram vários argumentos contra a derrubada da Perimetral, e não poucas críticas à ausência de um projeto urbanístico para a região, minimamente condizente com a aceleração da negociação das CEPACs (certificados que permitirão a comercialização de 4 milhões de metros quadrados, além do já permitido pela legislação).

A propósito, ver também:


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Foster in Rio / Neste final de semana esteve por aqui o arquiteto britânico Norman Foster. Pelo que sei, ele já tinha participado do concurso da Marina da Glória, mas foi sua primeira vinda ao Rio (de qualquer modo, se ele veio antes, nunca apareceu publicamente.) Ora, considerando o prestígio internacional de Foster, e as grandes transformações urbanas prometidas para a cidade, era de se esperar que ele fizesse uma palestra divulgada com antecedência, num auditório amplo e aberto, que certamente teria transbordado de arquitetos e estudantes. Mas tudo o que houve foi uma conversa presenciada por poucos num dos salões do Palácio da Cidade, sede do poder municipal, com o prefeito Eduardo Paes e o artista plástico Vik Muniz.

A conversa foi conduzida pelo curador suiço Hans Ulrich Obrist como evento inaugural da MAP/Mostra de Arte Pública que deve acontecer no Rio em agosto, organizada por Vik Muniz. Já se confirmou para então também a presença do arquiteto Rem Koolhaas, que deverá participar de uma maratona de entrevistas conduzida por Olbrist com dezenas de convidados brasileiros e estrangeiros. É uma ótima notícia, sem dúvida. Por isso mesmo, espera-se que as próximas entrevistas percam o caráter palaciano dado à entrevista de Foster, ao final de contas nada condizente com o próprio título da mostra.


(A foto acima foi extraída do site da prefeitura, onde há mais informações sobre a entrevista: http://www.rio.rj.gov.br/web/guest/exibeconteudo;jsessionid=27890501E226365ED1BB7D88FBDE8DA4.liferay-inst3?article-id=1790630)


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Berlim / A primeira vez que estive em Berlim foi em 1994. Cinco anos depois da queda do Muro a cidade era um canteiro de obras só, e nada me marcou mais do que a imagem dos inúmeros braços metálicos que se moviam lentamente por todos os lados, colossais e meio fantasmagóricos. A memória me veio hoje quando pisei no centro da cidade. Confesso que ainda não sei muito sobre a obra que está crescendo ali na Primeiro de Março, junto ao Tribunal. Mas o fato é que antes de atravessar a rua senti um estranho frio na espinha. De repente, aquela imagem - tão contrastante com a impassibilidade do Pão de Açúcar ao fundo - resumiu pra mim o processo de transformações urbanas que se acelera aqui, e o misto de potência e ameaça que o Rio é hoje. E então lembrei também do comentário que ouvi do Pedro Moreira, anos depois da minha primeira passagem por Berlim, enquanto caminhávamos pela Friedrischstrasse: "dizem que esta é a cidade onde os melhores arquitetos contemporâneos fizeram as suas piores obras". Novo calafrio.
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Parque Olímpico / Foi divulgado o júri do concurso: Gabriel Durand-Hollis, EUA - arquiteto/urbanista representante da UIA; Nuno Portas, Portugal - arquiteto/urbanista representante do IAB; Luis Millet, Espanha - arquiteto/urbanista representante do IAB; John Baker, Australia - representante do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016; Sergio Dias, Brasil - engenheiro representante da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; Jorge Wilheim, Brasil - arquiteto/urbanista representante do Governo Federal e Flávio Ferreira, Brasil - arquiteto/urbanista representante do IAB.


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Não tem muita explicação. Mas vira e mexe volto aqui, conduzida por todas as coisas do mundo.



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Cidade Olímpica / "Procurando transformações na cidade?" A Prefeitura acaba de criar um site pra você. Porto Maravilha, Morar Carioca, Transcarioca, Transoeste, Equipamentos Olímpicos, está tudo aqui (ou quase): http://www.cidadeolimpica.com/.
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Porto: Desafios e Problemas / Até agora, nada do resultado do concurso "Porto Olímpico". O silêncio mantido nesses três meses só aumenta a apreensão com relação ao projeto "Porto Maravilha". Mas abre-se uma oportunidade de discussão com o Seminário "Porto Maravilha. Desafios e Problemas", que acontece segunda e terça no IHGB (Av. Augusto Severo, 8 – 12º andar – Glória):

segunda, dia 16:
9:30h – Palestra de abertura com Carlos Lessa, economista e escritor

14:00h - "O projeto Porto Maravilha e a Cidade do Rio de Janeiro"
com Marcus Monteiro, pesquisador, membro do IHGB e ex-Diretor Geral do Inepac (moderador);
Carlos Alberto Muniz, Vice-Prefeito do Rio de Janeiro; Marcos Poggi, especialista em Economia Rodoviária; José Conde Caldas, arquiteto e presidente da Ademi e Luiz Fernando Janot, arquiteto e urbanista, professor da FAU-UFRJ.

terça, dia 17:
9:30h - "As expectativas suscitadas com o projeto Porto Maravilha"
com Roberto Anderson Magalhães, arquiteto e urbanista (moderador); Carlos Machado, presidente do bloco Filhos de Ghandi e líder comunitário local; Maurício Hora, artista e líder comunitário do Morro da Providência; Jorge Bittar, Secretário Municipal de Habitação e Sonia Rabello, professora de Direito e Vereadora.

14:00h - "Modelos e ideais do projeto Porto Maravilha"
com Rachel Coutinho, arquiteta e urbanista, coordenadora do PROURB/UFRJ; Jorge Arraes, Presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro; Sérgio Magalhães, arquiteto e urbanista, presidente do IAB-RJ; Nina Rabha – arquiteta e urbanista

16:00h - "Os impactos e as conseqüências"
com Cecília Herzog, paisagista urbana e presidente da ONG Inverde (moderadora), Paulo Vidal Leite Ribeiro, Coordenador de Conservação e Projetos Especiais da Subsecretaria do Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design; Cristóvão Duarte, arquiteto e urbanista, professor do Prourb e Maria Fernanda Lemos, arquiteta e urbanista, professora da PUC-RJ

O seminário é gratuito. Informações: (21) 3852-0995 / 8457-9560 ou presidencia@ihgb.org.br








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Um Século de Habitação no Rio / Desde ontem, o jornal O Globo está publicando uma série de reportagens sobre os 100 anos de conjuntos habitacionais no Rio ("Vidas em Blocos", 8.mai, p. 18 e 19 e 9.mai, p.9). A série foi iniciada com a Vila Operária Marechal Hermes, primeiro conjunto realizado pelo governo federal em resposta à demanda por habitação na então capital federal. As matérias, assinadas pelos jornalistas Rafael Galdo e Rogério Daflon, são acompanhadas de um site criado especialmente para este fim, que vem sendo alimentado diariamente com pequenos documentários (com depoimentos de moradores, historiadores, arquitetos) e uma fotogaleria com imagens de arquivo e atuais (como as fotos acima, feitas por Custódio Coimbra no IAPI de Realengo - projetado na década de 1940 pelo arq. Carlos Frederico Ferreira). Imperdível, e ainda vem mais por aí: http://oglobo.globo.com/rio/info/conjuntos-habitacionais/ (e ao longo da semana, no jornal impresso).





















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Madureira / Então chegamos ao Mercadão. Ele foi reformado depois do incêndio e dizem que perdeu muito do seu interesse. Mas eu gostei dele assim, Beaubourg suburbano-diarreico-tropical. Foram horas num ir e vir entre búzios, obis, atabaques, rebolations, travessas de bolo, cabritos, patos, ervas, raízes, taboadas, cortes de cabelo...e, de fato, nenhum acontecimento, nenhum foco, só o corpo imerso naquela desmedida de sons, cheiros, cores, e as tais linhas de fuga, com tudo se movendo em deslizamento contínuo, por todos os lados, por cima e por baixo, entre ruas, escadas, rampas, viadutos...e depois, o comentário bonito de Guilherme Vaz: "é dessa arquitetura dos seres que nasce a coisa".

Posto 5 / mai 2011

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Parque Olímpico / Saiu hoje o esperado edital do Concurso internacional para escolha da melhor proposta para o Masterplan do Parque Olímpico Rio 2016.

As inscrições estão abertas de hoje até 20 de junho, e a data limite para recebimento das propostas é 30 de junho.

O júri, no entanto, só será divulgado no próximo dia 15. Por ora, o que se sabe é que será composto por 7 titulares (4 estrangeiros e 3 brasileiros): 1 arquiteto ou urbanista estrangeiro, representante da UIA, 2 arquitetos ou urbanistas estrangeiros representantes do IAB; 1representante estrangeiro do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016; 1 representante brasileiro da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro; 1 representante brasileiro do Governo Federal; 1 arquiteto ou urbanista brasileiro representante do IAB, além de 3 suplentes.